O Índice Firjan de Competitividade Global (IFCG), novo estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), revela que o Brasil ocupa a 46ª posição em ranking de competitividade que contempla 66 países. Na análise, o país mais competitivo é Singapura, seguido de Suíça e Dinamarca. A última posição é ocupada pelo Paquistão. Há dez anos, o Brasil ocupava a 40ª colocação e perdeu seis posições.
“Um dos graves problemas estruturais do Brasil é que as pessoas acabam não tendo acesso a uma educação de qualidade. Isso vira uma barreira para que consigam melhores postos de trabalho e um gargalo para as empresas que não conseguem mão de obra preparada para os novos tempos, à altura dos enormes desafios que as transformações tecnológicas impõem”, ressalta o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.
Ele também destaca que o Brasil precisa aprender com países que estão muito à frente na questão da competitividade, como Singapura, Suíça e Dinamarca. “É urgente que o Brasil comece um movimento efetivo, com políticas públicas para reverter o quadro em que se encontra hoje: um gigante, que poderia andar lado a lado com as grandes potências mundiais, mas que fica atrás na corrida da competitividade porque não consegue aproveitar todo o seu potencial”, enfatiza Caetano, acrescentando que a federação apresentou diversas ações para o aumento da produtividade no documento “Propostas Firjan para um Brasil 4.0”.
O Índice Firjan de Competitividade Global, dividido nos pilares “Eficiência do Estado”, “Ambiente de Negócios”, “Infraestrutura” e “Capital Humano”, tem como base dados de 2023 do Banco Mundial e da Unesco. Na questão do “Capital Humano”, o Brasil ocupa a 33ª colocação diante do baixo investimento em educação, pesquisa e desenvolvimento. Enquanto Israel, Coréia do Sul, Suíça, Suécia e Áustria gastam em média US$ 22 mil por aluno ao ano, o Brasil gasta apenas US$ 3,7 mil. Em pesquisa e desenvolvimento, a Coréia do Sul investe 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano e o Brasil somente 1,2%.
Brasil está entre os 8 piores colocados na análise sobre eficácia do governo
Em “Eficiência do Estado”, o Brasil ocupa a 52ª colocação. O pilar é composto pelos indicadores de “Controle da Corrupção”, em que o Brasil está entre os 17 piores colocados, “Eficácia do Governo”, em que está entre os oito piores, e “Estado de Direito”, que mostra que a segurança jurídica e institucional brasileira é 31% menor do que a média de Dinamarca, Singapura, Suíça, Finlândia e Noruega.
No pilar de “Ambiente de Negócios”, o Brasil está na 51ª posição e se destaca negativamente em relação aos demais países pela baixa estabilidade política e qualidade regulatória. De acordo com o estudo, a estabilidade política da Argentina é superior a do Brasil e a qualidade regulatória é 52% menor que a chilena.
Já em Infraestrutura, o Brasil está na 47ª colocação. A taxa de investimento em infraestrutura no Brasil é de 18% ao ano, bem inferior à taxa da China, com 43%, e da Índia, com 33%. Além disso, o estudo mostra que no Brasil o tempo médio para obtenção de energia elétrica é de, em média, 128 dias. Já na Índia são 53 dias.
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O Índice Firjan de Competitividade Global (IFCG) pode ser acessado através deste link: https://firjan.com.br/ifcg.